segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O rio à tarde

Por entre as folhagens, viu Juliana puxar o vestido sobre a cabeça, caminhando devagar em direção ao rio, sol líquido na tarde de verão, que lhe toca o corpo como um amante lento e constante e submisso e lhe sobe as canelas e os joelhos e as coxas. Ao agitar das folhas, Juliana volta a cabeça, julgando se tratar de um animal silvestre. De onde está não pode ver a fera e sua seiva, já misturada à seiva da planta.

Nenhum comentário: