segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O pênalti

Silêncio. E a bola, que sempre lhe parecera leve, pesava agora um filho morto em seu braço. Era o último de uma série infinita de cobranças. A multidão atrás da goleira borbulhava como molho de tomate na panela. No meio da área, o círculo sem grama parecia uma ferida na pele do campo. Tomou distância o homem de confiança do treinador, fechou os olhos. Ao abri-los, o vestiário já estava vazio.

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