segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Atrás do reboco
Estava deitado no sofá quando um pedaço do reboco caiu do teto. Os farelos cobriram o cobertor sobre meu peito. Olho para o que parece ser um buraco no concreto e alguma coisa se mexe. A luz da tevê lança uma sombra pálida sobre os objetos. Uma poeira muito fina continua a cair e lembro que na infância o pó das asas das bruxas podia nos cegar. Vejo então o que parece ser uma bola negra se arrastar para fora da abertura. Já no ar, voando em minha direção, a criatura se abre e se revela: um morcego... uma mariposa.
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Um comentário:
Este me lembrou Brás Cubas.
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