E então percorres a seara aberta dos campos
algodão tecido de penumbra
serpente, tu, altiva, gazela,
em fração de segundo que meu desejo alastra
primavera que não sentes,
tens um colibri no peito
presas e fome que escondes
mas que depois revelas:
lisa sobre mim,
planta que recobre as vastas extensões
e que deixa o homem conhecer o íntimo de suas seivas.
Saber o sumo das águas que te lubrificam
tu que em instantes já és minério,
arabescos de chamas que tuas unhas
cinzelam em minha pele eleita
farpa
e flor
e liberdade
e sangue
aquilo que é para o corpo
a única certeza do verdadeiro amor.
domingo, 15 de março de 2009
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